sexta-feira, 22 de julho de 2011

Arquivo de Julho de 2011: Infelizmente, entrei na dança.

       Como foi dito na postagem do Japão, iria pedir ao Bulgária que convencesse o Romênia a me ajudar em três casos recentes: Roderich virou uma criança (adorável por sinal), o povo Paul se transformou em um humano (outra criança) e por fim o Kiku está com o gênero oposto. Eu mereço! Inglaterra, pare de comprar grimórios made in Yao antes que algo mais sério ocorra!


       Pois bem, hoje me levantei para fazer isso. Levantei da cama bem mais cedo que o costume e peguei um ônibus até a casa do búlgaro. Depois de umas horas de trânsito, cheguei no local e bati em sua porta. Ao ouvir um comentário abafado – mas claramente no tom de voz dele – percebi o quanto tive sorte dele não ter ido se encontrar com Macedônia.

       Tempos depois Andrei abriu a porta, ficando nítido pelo que espiei sob seu ombro que o que fazia antes de minhas batidas era nada mais nada menos que ficar em estado de ócio. Saber que o Bulgária estava fazendo coisa alguma me deixou mais acomodado e sem dizer algo, entrei assim que ele se afastou, sentando no primeiro sofá que vi. Com isso, restou-lhe sentar no sofá do lado esquerdo.

― Qual o motivo de sua vinda? ― Ele questionou despreocupadamente, tentando ser o mais hospitaleiro possível. Pena que as outras nações não me recebem assim.

       Então, expliquei tudo que havia acontecido durante estes dias. Sobre como cada um dos afetados chegou nesta condição, e implorei por sua intercessão para chegar ao Romênia. No fundo, esperava alguma comoção; alguma reação de curiosidade perante os casos ou uma mera surpresa habitual, típica de quando seu amigo se fere e você se compele a fazer algo.

       Invés disso, seu olhar foi de uma frieza atípica. Inclusive, pegando a caixa de cigarros que estava sob a mesa de centro e tirando um maço, acendendo-o e dando um longo suspiro depois de uma tragada. Como se previsse uma dor de cabeça.

― Falar com o Romênia... Entendo. Mas existe um erro em seu relato. São quatro casos.

       No final das contas, quem acabou surpreso fui eu. Se bem me lembrava, não havia algum outro caso recente de magia ou coisas sobrenaturais afetando as nações. Visto minha confusão, o búlgaro logo se dispôs a explicar. Ele disse que havia observado minha conduta desde que o dia que passei com o romeno, em mais um daqueles jogos simples para distrair todos. Comentou que embora fosse pouco nítido, minha pele tornou-se mais pálida, que ouviu boatos de que eu não estivesse me alimentando como antes – e droga, como queria que elas não fossem reais. Fora que andei exibindo atributos que estavam acima do meu potencial usual.

― O que você quer insinuar?! ― As palavras saíram automaticamente de minha boca. No fundo, eu entendia onde ele queria chegar.

― Eu quero dizer que o quarto caso é você, Gilbert. Vampirismo. ― Novamente, outra expelida de fumaça. Chegava a ser tenso a forma natural que ele me guiava para a resposta. ― O que houve entre você e Nandru naquele dia? Me responda. ― esse lado direto e sério era algo que até então desconhecia dele. O búlgaro estava ao ponto de ranger os dentes.

― Mais ou menos no fim da tarde, quando o jogo já estava terminando, o romeno me seduziu e... ― Eu sabia que dizer isso iria ser o gatilho definitivo para Andrei, mas precisei continuar. ― ... Mordeu meu pescoço.

       Um silêncio reinou na sala. Um silêncio que durou pouco, pois logo ele se levantou de supetão e começou a chutar os móveis e socar as paredes, xingando alto em seu idioma natal. Sabendo o quanto ele devia estar frustrado, deixei que desabafasse daquela forma (o prejuízo não seria mesmo meu). Só depois de uns longos segundos, Bulgária pareceu se acalmar um pouco. Ele se sentou no lugar de antes, dando outro longo suspiro.

― Como suspeitei. Vampirismo. Ele tinha me prometido que não faria mais isso!

― Quer dizer que agora sou um vampiro, como ele?

― Por enquanto, não. Seu corpo ainda está em processo de transição. Mas eu não correr o processo pode se tornar permanente. Maldição... Eu só não o mato estrangulado porque a condição de país impede isso.

       Eu não pude ficar lá só observando-o blasfemar o romeno em duas línguas diferentes. Então, no meio de tudo aquilo, puxei o mais sincero riso que consegui para esta situação. Ele me olhou com estranheza, mas continuei.

― Cara, Oresama confia que você vai fazer um bom trabalho e resolver isso. É mais envolvido nessas questões mágicas que Alfred ou Dinamarca. Sabe por onde seguir. ― fiz um sinal com a mão para que ele se aproximasse de mim, que foi atendido. Assim, afaguei sua cabeça. Por algum motivo, aquilo tudo me lembrava do sonho com Hogwarts que comentei em outra postagem. ― quanto a mim, não se preocupe! Oresama é incrível e fará o possível para aguentar essa situação.

       Depois de afagado, o búlgaro sorriu – aquele sorriso fraco e tímido, mas que já era algo mais esperado de si. Só com isso entendi que ele se esforçaria para arranjar uma solução. E dado minha incrível compreensão, Andrei tomou um pouco de coragem e permitiu que enfim, depois de uma longa semana me sentindo péssimo, me saciasse dessa nova forma antes que ele partisse para a Romênia.
...

       Oresama definitivamente não esperava estar no grupo de afetados, mas dado meu tipo de situação, peço que tomem cuidado. Nem eu mesmo posso prever do que sou capaz agora.

Até.

[Perdoem-me pela viajada que dei agora, é que achei interessante pôr esse ponto no blog, aproveitando o acontecimento do chat com meus ONs terem de ir até a Romênia para tentar resolver as coisas com o Japão, Paul e Roderich. É, não me contive muito...] 


Comentários

► Antonio F. Carriedo (Espanha)

Oh, então Roderich é uma criança, niño é um menino, Japão uma menina, e você é um quase-vampiro agora? Que complicação...

Boa sorte pra você e o Boo em resolver essa história!

Resposta: Danke. E tome conta do Lovino e de você mesmo para não ocorrer nada.
► Kiku Honda (Japão)

Gilbert-kun um quase vampiro?
Nunca pensei que uma mordida do Romênia-san pudesse ser tão... perigosa, achava que se tratava de um cosplay.
Espero que você e o Bulgária-san consigam achar uma cura, ne.
 
Resposta: Danke também. Como não ando vendo muito o Bulgária por aí, acho que ele está se concentrando mesmo no assunto!


► Roderich Edelstein (Áustria)

Boa sorte com a sua busca, já estou com problemas suficientes.

E tome cuidado com esses efeitos, hein! Leve sempre uma bolsa de O+ (doador universal) com você por via das dúvidas.

Resposta: Eu já levo, e uns montes.
 
► Sadik Adnan (Turquia)

Então................... Fique longe do mediterrâneo.

Resposta: ........ Ficarei, Mein Gott.

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